segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Comemoração dos 60 anos dos vocacionistas no Brasil

20/12/2010

Sociedade das Divinas Vocações é homenageada pela Câmara Valdemiro  Lopes

Em 13 de maio de 1950, a Congregação Vocacionista nasceu para o mundo. Foi nesta data que os missionários italianos chegaram ao Brasil, mais precisamente na cidade de Salvador, Bahia. Os 60 anos da instalação da Sociedade das Divinas Vocações em terras brasileiras foram comemorados na quinta-feira (16) à noite, na Câmara Municipal.
A vereadora Marta Rodrigues (PT), que requereu e presidiu a sessão, explicou a origem da palavra “vocação”, do latim “vocare” que significa “chamar”, e fez uma analogia com o compromisso assumido pelos vereadores. “A vocação de cada vereador é debater a cidade e as políticas públicas, em benefício de toda a sociedade”, disse.
O atual diretor provincial da Sociedade das Divinas Vocações no Brasil, padre José Carlos Lima, destacou a expansão da congregação que desde a sua chegada em 1950 já se faz presente em 14 países. “Como não lembrar nestes anos de história tantos irmãos que lançaram as sementes do Evangelho no desenvolvimento do Carisma procurando, cultivando e servindo às vocações nesta cidade?”, indagou.
Auxiliar as pessoas na descoberta de sua vocação é a missão da congregação, “desde aquele primeiro chamado à vida, passando pela vocação específica, atingindo a santidade e chegando à Divina União”, explicou padre José Carlos. Pelos 60 anos de serviços prestados à sociedade, uma placa comemorativa foi entregue ao padre, a pedido da vereadora Marta, pela vigária geral das Apóstolas Vocacionistas da Santificação Universal, Ide Saccamanno.

Da Itália para o mundo

Enviados da Itália pelo padre Justino Russolillo, fundador da congregação, e a convite do então arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, dom Augusto Álvaro da Silva, os missionários vocacionistas italianos ficaram hospedados no Seminário Central da Bahia. “No dia 2 de julho, eles foram transferidos para a Igreja da Lapinha. Esta é uma data marcante para Salvador e esse fato demonstra a sinergia da história da Sociedade das Divinas Vocações com a história da Bahia”, ressaltou Marta Rodrigues.
Para o padre José Ionilton de Oliveira, mestre de Noviços e ex-diretor provincial da Sociedade no Brasil, os vocacionistas carregam no sangue o ímpeto de “libertação”, como aquela alcançada no 2 de Julho e no dia 13 de maio com a Lei Áurea, ainda que em anos distintos. Ele também chamou atenção para a presença marcante da congregação em áreas periféricas. “Na Itália, viemos da periferia. No Brasil, atuamos onde estão os mais pobres”, revelou.
Hoje, o maior número de vocações vêm da África, América e Ásia, sendo 75% da Congregação Vocacionista internacional. “Se não fosse o dia 13 de maio de 1950, a congregação morreria”, afirmou padre Antônio Rafael do Nascimento, conselheiro geral e representante do diretor geral da Sociedade das Divinas Vocações no Brasil.

Paróquias

No país, a congregação conta com 35 membros, sem considerar os jovens que estão ingressando, ainda em fase de preparação. O trabalho de conscientização das vocações, através da animação vocacional, é realizado junto às paróquias, espalhadas pela Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Em Salvador, nas Paróquias de Nossa Senhora da Conceição da Lapinha e de São Caetano da Divina Providência.
Também participaram da sessão, compondo a mesa, padre José Souza Pinto, ex-delegado da Sociedade das Divinas Vocações no Brasil (SDV); o diácono da SDV, Cláudio Brito; o religioso juniorista em formação, Luís Cláudio Cruz; Ângela Dias, representando a Paróquia da Lapinha; José Medeiros, representando a Paróquia de São Caetano; e a apóstola vocacionista da Santificação Universal, Adalcina da Silva.


Fonte: aqui

Crédito da foto: Valdemiro Lopes

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Contratos da Prefeitura lesam direitos trabalhistas




15/12/2010

A precarização dos contratos de serviços terceirizados da Prefeitura de Salvador foi tema da sessão especial que reuniu 250 vigilantes, sindicalistas e trabalhadores terceirizados da Prefeitura, quinta 9, no Plenário Cosme de Farias da Câmara Municipal

Marta fez um breve histórico, lembrando que a terceirização surgiu nas grandes industrias americanas, foi trazida ao Brasil por empresas transnacionais e se disseminaram com o neoliberalismo. A vereadora narrou os episódios lamentáveis que estão tirando a paz de mais 2,6 mil famílias. Entre estes, o fim do contrato da Prefeitura com empresa de segurança Protector, “sem garantir direitos a trabalhadores que há meses não recebiam salários, vale-refeição, padecem sem férias, e de mais de 4 anos sem desconto do INSS”.

A Prefeitura readmitiu os trabalhadores num contrato com a Portal, mas não foram realizados exames admissionais. Os trabalhadores não receberam o primeiro mês de salário e várias outras irregularidades estão sendo apontadas. “Se a Portal entrou dessa forma, é questão de avaliar logo e suspender o contrato”, aconselha Marta.

Procuradora Regional do Trabalho do Ministério Público da União, Edelamare Melo acrescenta que a terceirização desonera o Estado (diminui custos ao terceirizar funções que não são de sua responsabilidade direta). Ela citou precariedades nos contratos da Prefeitura, como contratos de prazo indeterminado, que é ilegal. A procuradora propôs como pauta a equalização de direitos entre servidos públicos concursados e servidos terceirizados e reafirmou o compromisso do MPT no combate à precarização do trabalhador (terceirização, quarterização).

Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilância (CNTV), José Boaventura, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindvigilantes), disse que ocupar essa Casa é sinal de que os vigilantes existem. “Vigilante convive com invisibilidade cotidiana: pessoas não os vêem, não cumprimentam”. Boaventura elogiou o Projeto de Marta que instituiu o Dia do Vigilante, homenagem importante para afirmar a visibilidade e dignidade da categoria. “Antes de falar de salários e necessidades mais prementes, é preciso aproveitar o espaço para colocar o debate da precarização das condições de trabalho e da necessidade de assegurar a dignidade do trabalhador”.

Dados desencontrados: mobilização continua

O Diário Oficial do município publicou uma lista de nomes de empresas que estão proibidas de participarem de processos licitatórios da administração pública municipal, entre elas estão a Protector e a Portal. Na sessão, representando o secretário Municipal de Planejamento e Gestão (SEPLAG), Reinaldo Saback, Fabiano Leite afirmou que o dinheiro foi entregue à Protector, contradizendo a empresa que afirma não ter recebido o dinheiro. Para Fabiano, a situação realmente não é confortável. Desde maio de 2009, segundo ele, a gestão tenta licitar empresas de vigilância. Ele garantiu que a questão será levada ao secretario e ao prefeito e considerou a situação da Portal “Inaceitável”.


Representante dos trabalhadores e diretor do Sindvigilantes, Edvaldo Cardoso afirmou que os vigilantes manterão mobilização até que a situação seja completamente normalizada.


Fonte: Assessoria de Comunicação